sábado, 29 de setembro de 2007
Doña Dominga - Bom e - MUITO - Barato
Dei uma passada rápida no Zona Sul para comprar um vinho para acompanhar um fundue. Pré-requisito: Barato.
Resolvi experimentar o Doña Dominga Cabernet Sauvignon-Carmenère: R$ 14,80.
Bem, acompanhou o fundue sem problemas e muito provavelmente acompanharia uma roda de amigos, substituindo a cerveja.
Obviamente, não é vinho para degustar ou celebrar algummomento especial, porém, mais acessível que isso... Difícil.
Ou seja, trata-se de vinho para beber. Enjoy!
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Philippe de Rothschild
Antes de Fazer a análise do Mouton Cadet - vinho que matei na noite da difícil transição dos 30 para os 40 anos - vou colocar aqui uma lenda recebida por e-mail sobre o Philippe de Rothschild produtor do Cadet e de um dos cinco melhores vinhos Bordeaux. Para uma fonte mais mais confiável sobre o barão, sugiro uma visita à Wikipedia, mas a história a seguir é interessante...
Consta, que certa noite, muitos anos atrás, um homem entrou com a namorada no restaurante Lucas Carton, em Paris, e pediu uma garrafa de Mouton Rothschild, safra de 1928.
O sommelier, em vez de trazer a garrafa, para mostrar ao cliente traz o decanter de cristal cheio de vinho e, depois de uma mesura, serve um pouco no cálice para o cliente provar.
O cliente, lentamente, leva o cálice ao nariz para sentir os aromas, fecha os olhos e cheira o vinho. Inesperadamente, franze a testa e, com expressão muito irritada, pousa o copo na mesa, comentando rispidamente:
-Isso aqui não é um Mouton de 1928!!!
O sommelier assegura-lhe que é.
O cliente insiste que não é.
Estabelece-se uma discussão e, rapidamente, cerca de 20 pessoas rodeiam a mesa, incluindo o chef de cuisine e o gerente do hotel que tentam convencer o intransigente consumidor de que o vinho é mesmo um Mouton de 1928.
De repente, alguém resolve perguntar-lhe como sabe, com tanta certeza, que aquele vinho não é um Mouton de 1928.
- O meu nome é Philippe de Rothschild - diz o cliente, modestamente - e fui eu que fiz esse vinho.
Consternação geral.
O sommelier, então de cabeça baixa, dá um passo à frente, tosse, pigarreia, bagas de suor escorrem da testa e, por fim, admite que serviu na garrafa de decantação um Clerc Milon de 1928, mas explica seus motivos:
- Desculpe, mas não consegui suportar a idéia de servir a nossa última garrafa de Mouton 1928. De qualquer forma, a diferença é irrelevante. Afinal o senhor também é proprietário dos vinhedos de Clerc Milon, que ficam na mesma aldeia do Mouton. O solo é o mesmo, a vindima é feita à mesma época, a poda é a mesma, e o esmagamento das uvas se faz na mesma ocasião, o mosto resultante vai para barris absolutamente idênticos. Ambos os vinhos são engarrafados ao mesmo tempo. Pode-se afirmar que os vinhos são iguais, apenas com uma pequeníssima diferença geográfica.
Rothschild então, com a discrição que sempre foi a sua marca, puxa o sommelier pelo braço e murmura-lhe ao ouvido:
- Quando voltar para casa esta noite, peça à sua namorada para se despir completamente. Escolha duas regiões muito próximas do corpo dela e faça um teste de olfato. Você perceberá a diferença que pode haver numa pequeníssima diferença geográfica!!!
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Pinot Noir Pr1mus
"Fazer vinho é uma técnica; um bom vinho é uma arte".Eu guardo os melhores vinhos na parte de baixo da minha adega. E nessa gaveta havia, até o meu casamento, um Pinot Noir Pr1mus da Bodega Salentein, safra 2002. Ele estava prometido a um amigo. Havia de ser bebido em conjunto n'alguma ocasião especial, e o casório, no meio da Floresta da Tijuca, me pareceu adequado. E foi!!
Roberti Mondavi.
Eu tinha a melhor expectativa possível deste vinho, o tratava como a jóia da coroa. Confesso: Não tenho vinhos muito caros na adega... Já havia bebido um Pinot Noir básico da Bodega Salentein (U$ 13,00 no Free Shop de Buenos Aires) e tinha ficado maravilhado com ele e ansioso por abrir o Pr1mus que é o premium da bodega, com produção limitada e apenas das melhores uvas... E a expectativa valeu a pena.
Apesar de não ter podido bebê-lo com a devida calma, afinal eu estava no meio da cerimônia do meu casamento, foi - de forma inconteste - um dos melhores vinhos que eu bebi na vida. E a opinião - abalizada - do meu amigo e sua esposa, também foram na mesma direção. Aromas complexos, evoluindo perfeitamente na taça, amplificando os sabores deixando uma ponta de chocolate na boca. Um vinho quase perfeito.
Essa minha garrafa eu comprei em São Paulo num shopping no Morumbi por 130,00, na época era relativamente baixo, para um vinho que já tinha sido considerado o melhor Pinot Noir do hemisfério sul. Ao viajar a Buenos Aires, pensei em comprar outra, mas mesmo lá estava por algo em torno de 300 pesos. Caro para os padrões de BsAs. Só vi por 120 pesos no primeiro dia num supermercado distante, não voltei lá pra comprar. Se arrependimento matasse...
Dessa safra (2002) não encontrei mais nenhuma garrafa, porém está disponível na Wine House (SP) por R$ 205,00 algumas garrafas da safra 2004. Vale a pena dar uma ligada lá xx 11 3704-7313 e falar com a atenciosa Danielle, pois no site não encontrei o Primus Pinot Noir.
Trata-se de um vinho premiado, caro e inacessível para o dia a dia, mas para alguma ocasião especial se justifica. Taí um belíssimo presente.
segunda-feira, 24 de setembro de 2007
Gravidez, Casamento, Lua-de-Mel e 40 anos
Pois é, engravidei (minha mulher é claro...), resolvi casar, saí em Lua-de-Mel e Completei 40 anos. Não preciso nem dizer que o tempo sempre tão escasso caiu a zero. mas agora estou de volta e com grandes novidades. Apesar de ter ido para o Sul da Bahia e ter ficado mais à base de cerveja que de vinho, tenho várias novidades pra contar e antecipo aqui alguns dos próximos tópicos que abordarei aqui:
Como escolhi os vinhos para a cerimônia de casamento.
CADEG II – A Missão. O Bom ficou muito melhor numa segunda visita.
Salentein Pr1mus. Foi-se a jóia da coroa. Bebi no casamento o melhor vinho da minha adega. Maravilhoso...
Mounton Cadet. O vinho que bebi dos 39 para os 40.
Por que vinho bom é caro?
Por que cheiramos a rolha?
Châteauneuf-du-Pape 2001. O vinho que o meu padrinho de casamento me trouxe de NY.
É isso aí. Estou de volta e com saudades de escrever.