domingo, 26 de outubro de 2008

Uma Foto

 

Henri Cartier-Bresson , autor dessa foto – clique para ampliar - dispensa apresentações, foi simplesmente o melhor fotógrafo.

Nasceu dele o princípio da captura do instante decisivo na foto. É aquele momento, àquela fração de segundo, que faz a foto ser perfeita, onde se capta a essência do assunto fotografado.

E essa foto, do menino carregando as duas garrafas de vinho, captura a essência do vinho: que é trazer a felicidade.

Pela ausência de rótulo, imagino que se trate de um vinho "do lugar", de algum café parisiense da Rue Mouffetard...

O ano foi o de 1952, gostaria de saber o que foi feite desse menino, e como estava o vinho.... Qual refeição o acompanhou? Comemorava-se o quê? Ou era apenas o dia a dia?

Mas que o menino estava feliz, isso estava...
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Mais uma loura

 

Passei no Pão de Açúcar outro dia e vi essa Cerveja Belga. Leffe por R$ 3,80. Comprei umas 4.

Estavam perfeitas. Os monges estão de parabéns!! Fazem essa cerveja há centenas de anos com alto padrão de qualidade...

Merece uma boa taça, para saborear os aromas dessa lourinha belga. Ela é cítrica e leve, mas apesar disso, com sabor marcante. O aroma lembra, levemente, cheiro de casca de laranja.

Vale a investida.

Mas voltei lá e não tinha mais, :-( , porém no site ainda tem.

Ela também é encontrável em alguns bons bares do Rio e São Paulo.

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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Finalmente um Brasileiro de Baixo Custo


Si vino ao mundo y no tomó el vino, a que vino?


Eu normalmente compro vinho na faixa dos 20~40 reais. Vinho para o dia a dia, para serem bebidos sem maiores traumas na consciência e no bolso, mas também sem deixar de fazer um carinho nas papilas gustativas.

Sei que são feitos bons vinhos no Brasil, especialmente no campo dos espumantes, mas os bons vinhos tintos nacionais soem ser caros, sobretudo se comparados à qualidade dos vinhos de preços similares vindos dos nossos vizinhos Chile e Argentina. Na faixa de preço que costumo comprar, a comparação chega a ser covardia.

Mas muito tem se falado sobre os vinhos produzidos no vale do São Francisco, especialmente sobre o vinho Rio Sol Cabernet/Shiraz. Pois bem, lustrei o meu nacionalismo esquecido na gaveta, me vesti de “Pacheco na copa de 82”, botei a bandeira verde e amarelo e lá fui eu comprar o vinho e o bebi com amigos. Resultado; achei uma grande bobagem. Vinho sem caráter e um tanto insosso. Bebível. Não mais que isso.

O tempo passou e este ano vi uma nota da Jancis Robinson também elogiando o mesmo vinho. Pensei cá com os meus botões: “-Ou eu ou ela, um de nós não entende nada de vinho... ou gostamos de coisas muito diferentes”.
Caí na realidade, e dei uma nova chance ao Rio Sol. Fui na Expand Castelo, e por menos de 20 pratas, levei outro pra casa. Nova decepção. Mas como não sou homem de deixar a primeira garrafa pela metade (a segunda, às vezes....) fui bebendo enquanto lia alguma coisa. Resultado: As duas últimas taças estavam muito boas. A última eu diria excelente.

Eureca: este vinho precisa decantar e aerar um bocado. Fui tirar a prova dos nove. Comprei outra garrafa no dia seguinte, e decantei por uma hora na adega climatizada antes de servir. O vinho ficou ótimo. Se mostrando uma boa relação qualidade preço.

Muita gente boa diz que todo vinho jovem – sobretudo com muito tanino - pede uma uma boa aerada antes de servir. No caso do Rio Sol isso é imperativo.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Onde Compro os Meus Vinhos?


Essa pergunta obtém muitas respostas, mas em resumo os lugares quotidianos são esses:

Zona Sul Dias Ferreira – Tem uma boa seleção de vinhos, alta rotatividade, atendimento excelente, com direito a sommelier, uma pizzaria à lenha bem bacaninha ao lado adega, onde você pode degustar os vinhos ao preço do supermercado. Fica perto da casa da sogra. Ótima opção ao Faustão...

Pão de Açúcar Afonso Pena
– Está na saída do metrô lá de casa, ou seja, dou uma passada pra comprar qualquer coisa e – óbvio – compro um vinho. Preços quase sempre altos, conservação péssima, de vez em quando alguma oferta interessante. Boas cervejas geladas pra compensar.

Lidador da Rua da Assembléia
– Fica perto do trabalho e compro lá há muitos e muitos anos. Os preços não são lá essas coisas. Seus vendedores não entendem muito de vinho; já ouvi coisas como: “- Esse vinho é papa fina”, mas vejo alguma renovação por lá e talvez melhore. Compro lá mais pela tradição do lugar e por uma relação afetiva, afinal comecei a comprar vinhos e queijos lá...

Expand Castelo – Perto do meu trabalho, ótima conservação, giro elevado, tem um bistro (ainda não experimentei...) onde se pode consumir os vinhos da loja. Os vendedores todos entendem de vinhos e são bem treinados. Embalam bem o vinho, boa variedade, um catálogo de primeira, os preços não são abusivos e tem a simpatia da Priscila e suas preciosas dicas.
Uma vez comprei um vinho lá e a rolha estava esfarelando, falei com o vendedor e ele comentou que era só trazer que eles trocariam sem pestanejar... Mas já tinha bebido o vinho e estava quase bom... É bom saber que o serviço de pós-venda é ótimo também. :-)
O grande problema: Como a variedade é excelente, o meu orçamento sentiu o baque.
Ontem passei lá e comprei um Pinot Noir reserva chileno: "Cono Sur", trata-se de um vinho orgânico, com uma proposta bem interessane de produção ecologicamente correta, sem utilização de pesticidas. Até o transporte das uvas é feito em bicicletas, para limitar a emissão de carbono e para não poluir o vinhedo. Estou ávido por experimentá-lo...

A Expand vende online pelo site das Americanas

Winery – Não fica exatamente no caminho, infelizmente só compro lá quando vou a Buenos Aires... :-)

Resumo da ópera; compro vinho pelo caminho, de forma casual e sem muito compromisso, mas sempre aproveito as viagens (minhas e dos outros) para compras interessantes.