Si vino ao mundo y no tomó el vino, a que vino?
Eu normalmente compro vinho na faixa dos 20~40 reais. Vinho para o dia a dia, para serem bebidos sem maiores traumas na consciência e no bolso, mas também sem deixar de fazer um carinho nas papilas gustativas.
Sei que são feitos bons vinhos no Brasil, especialmente no campo dos espumantes, mas os bons vinhos tintos nacionais soem ser caros, sobretudo se comparados à qualidade dos vinhos de preços similares vindos dos nossos vizinhos Chile e Argentina. Na faixa de preço que costumo comprar, a comparação chega a ser covardia.
Mas muito tem se falado sobre os vinhos produzidos no vale do São Francisco, especialmente sobre o vinho Rio Sol Cabernet/Shiraz. Pois bem, lustrei o meu nacionalismo esquecido na gaveta, me vesti de “Pacheco na copa de 82”, botei a bandeira verde e amarelo e lá fui eu comprar o vinho e o bebi com amigos. Resultado; achei uma grande bobagem. Vinho sem caráter e um tanto insosso. Bebível. Não mais que isso.
O tempo passou e este ano vi uma nota da Jancis Robinson também elogiando o mesmo vinho. Pensei cá com os meus botões: “-Ou eu ou ela, um de nós não entende nada de vinho... ou gostamos de coisas muito diferentes”.
Caí na realidade, e dei uma nova chance ao Rio Sol. Fui na Expand Castelo, e por menos de 20 pratas, levei outro pra casa. Nova decepção. Mas como não sou homem de deixar a primeira garrafa pela metade (a segunda, às vezes....) fui bebendo enquanto lia alguma coisa. Resultado: As duas últimas taças estavam muito boas. A última eu diria excelente.
Eureca: este vinho precisa decantar e aerar um bocado. Fui tirar a prova dos nove. Comprei outra garrafa no dia seguinte, e decantei por uma hora na adega climatizada antes de servir. O vinho ficou ótimo. Se mostrando uma boa relação qualidade preço.
Muita gente boa diz que todo vinho jovem – sobretudo com muito tanino - pede uma uma boa aerada antes de servir. No caso do Rio Sol isso é imperativo.
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