"When I get older, losing my hair, many years from now,
Will you still be sending me a Valentine,birthday greetings,
bottle of wine?"
Paul McCartney
Para a felicidade geral de quem é religioso e também de quem – como eu - não é, existem muitas santas no Chile e Argentina dando nomes a bons vinhos.
Dessa vez experimentei os divinos poderes de Santa Rita, num corte mais que perfeito de Cabernet Souvignon, Cabernet Franc e Carménère. O corte dessas uvas, me lembrou um pouco Bordeaux, entretanto não se fazem mais vinhos com esse tipo de corte em Bordeaux... A uva carménère é hoje quase uma exclusividade do Chile, terra em que ela se escondeu durante o período da praga filoxeras que devastou os vinhedos franceses, fazendo crer que ela havia se extinguido.
Ainda assim ficou a impressão de um corte bordalês, bem elegante, mas com a predominância clássica dos Cabernet chilenos, com gosto de fruta madura e o toque de pimentão.
Na boca, o vinho é pleno, tem-se a sensação de boca cheia, excelente retrogosto (foi mal Marlos, mas não dá pra evitar o retrogosto aqui...) e a madeira cumpriu apenas o seu papel de amaciar e estruturar o vinho. Não ficou o insuportável gosto de carvalho, tão comum em alguns vinhos pretensiosos do cone sul (Brasil incluso).
Se tiver que usar duas palavras, seria corpo e equilíbrio.
No nariz o vinho é fraco, e olha que eu testei duas garrafas (em dias difrentes) para dirimir a dúvida olfativa.
Vale cada centavo, mais essa dica da Priscila, comprado na Bergut Castelo (Ex-Expand) por algo em torno de 40 pratas.
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