terça-feira, 23 de outubro de 2007

Reserva ou não reserva? "Marquetingue"...

"O vinho pode iludir o conhecimento dos sábios e fazer os sérios sorrirem e brincarem"
Homero
Quando o vinho ostenta no seu rótulo a palavra "Reserva" ou "Reservado" é de se imaginar um vinho melhor que o ordinário do mesmo produtor, mas e quando o produtor é ordinário e coloca o título reserva no seu ordinário de base? Apenas para vender mais? E quando o mesmo produtor coloca o nome de "Seleção" no seu vinho, digamos, carro popular? No seu Fiat Uno Mille...

Mas nem todo produtor faz isso e alguns até trabalham direitinho no meio dessa prática mercenária. Um bom exemplo? Os vinhos Tarapacá: temos o Cosecha Tarapacá - bem fraquinho, chega a ser ruim, mas por onze pratas no Mundial... Um nível acima, temos o Tarapacá - simplesmente Tarapacá, bem mais palatável, por menos de 20 pratas. Quando então chegamos ao Reserva, por menos de 30 pratas no Zona Sul, temos um vinho que faz bonito e por menos de 50 temos o Gran Reserva, que é um excelente custo benefício. Ao bebermos esses vinhos em série notamos claramente a melhora de um vinho básico ao outro extremo dos vinhos premium. Se o produtor for sério e não usar o "reserva" no rótulo apenas para fazer marquetingue grosseiro, pode ser um bom indicativo de qualidade, pois os vinhos reserva, normalmente passam mais tempo em barril de carvalho, são feitos com uvas selecionadas, etc, etc...

Outro bom exemplo é o português "Porca de Murça". O reserva é bem melhor que o simples... E também custa algo em torno de 30 pratas. Vale a diferença.

Mas existem alguns produtores de miolo mole... que usam a palavra reserva de forma predatória...

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