quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Espumante do Nascimento - Tyrrell's Wines Pinot Noir 2002

 
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Antes da minha filha nascer, ao saber do meu interesse pelo mundo do vinhos, o obstetra (excelente Dr Carlos Cezar) me desafiou a levar para a maternidade um bom espumante para comemorarmos o nascimento da minha filhota pelo método natural.

Apesar do Brasil brilhar intensamente na produção de espumantes, pensei em comprar uma das mais tradicionais champagnes francesas, a Veuve Clicquot, afinal era o nascimento da minha filhota. Depois refleti um pouco e resolvi ser original, afinal a Veuve Clicquot, não deixa de ser um certo lugar comum de quem tem grana. Resolvi buscar alternativas.

Optei pelo espumante da foto (clique para ampliar!), Tyrrell's Wines. Australiano, do Hunter Valley
, feito pelo método champenoise tradicional. Um Pinot Noir com 10% de Chardonnay. De cara estranhei um Pinot Noir sendo espumante... Me pareceu curioso.

Sei que no meu estado de espírito, após acompanhar, fotografar e filmar o nascimento natural da Gabriela, muito provavelmente acharia qualquer coisa maravilhosa, mas de fato a escolha foi bem acertada.

O espumante lembrou o aroma frutas secas e acompanhou perfeitamente os queijos que eu levei. Pena que foi apenas uma garrafa, acabou muito rápido.

Isso aconteceu há 10 meses e só estou contando agora, porque vi duas garrafas desse espumante em oferta na Lidador do Centro, por algo em torno de cem reais. Vale a pena!!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Estou me Subornando?

 


O "esquema" é o Seguinte:

Eu voltei pra faculdade, para pagar uma dívida comigo mesmo, depois de haver peregrinado por diversos períodos, em diversos cursos, por universidades como UFF, UERJ, UnB, sendo que em algumas delas, por mais de um curso... Somados todos os períodos, dava uma graduação e um mestrado, mas a minha vida de nômade, somada a uma carreira na área tecnológica, onde horário de saída é uma metáfora para madrugada a dentro, sempre foi complicado fazer um curso de qualidade em horário integral numa universidade de ponta. Fazer menos que isso, eu sempre me recusei. Se é pra comprar um diploma, preferiria pagar à vista e não em 48 meses...

Agora estou no curso de Tecnologia da Computação da UFF, ministrado em conjunto pela UFRJ através do consórcio CEDERJ. Semi presencial, aulas em DVD, professores da UFRJ/UFF, provas presenciais. E consideravelmente, difíceis!!!

Pois o suborno é seguinte: no início do período me dou de presente uma garrafa de vinho caro , passando em todas as cadeiras, bebo-o em comemoração.

É uma forma de estímulo, ver a garrafa guardadinha na adega me esperando... Deu certo no primeiro período. :-) E não usei uma garrafa tão cara assim: Foi o Malbec Terrazas Golden Reserva de 2002. Estava maravilhoso, penso que no auge para ser bebido, seis aninhos. Com taninos bem macios. Apesar da uva malbec pedir carne como companhia, ele foi bebido solitariamente. Foi muito bom.

Agora estou escolhendo o que vou beber na formatura... Será, com certeza, um Premier Grand Cru de Bordeaux. Ainda não sei qual dos cinco e nem de que safra, mas quero um que seja pra beber de joelhos... :-)

Contei essa história a uma amiga e ela me disse que não é suborno, eu retruquei dizendo: “- Quando você dá um "presentinho" para alguém fazer uma "obrigação" é, no mínimo, propina....”

Mas que propina boa!!!

Bem, vamos lá, pode até não ser suborno ou propina, mas que eu não passaria num exame antidoping, isso é certo...

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Aromas do vinho.

Hoje vou colocar aqui o texto de uma amigo: Marco Fragni sobre a sutileza e importância dos aromas num vinho.



O Prazer de uma Cafungada...

Marco Fragni

Hoje vamos falar da degustação olfativa do vinho. Este tema gera muitas polêmicas e piadas em círculos de amigos, principalmente dos que não gostam de vinho (Skol não tem nenhum atributo olfativo...), porém trata-se de uma análise muito democrática e, acreditem, uma vez iniciados, muito prazerosa.

Então, vamos lá: Os vinhos possuem uma variedade enorme de odores, denominados comumente de buquê, quanto melhor o vinho maior sua complexidade de aromas, logo quanto mais simples (leia-se vagabundo) o vinho, mais difícil será diferenciar algo a não ser o Etanol. Aqui já vem uma primeira observação: mesmo sem ter grande sensibilidade nasal, quem bebe vinhos das mais variadas faixas "qualitativas" (muitas vezes proporcional ao valor de aquisição) e brinca de cheirar o vinho na taça, já consegue perceber as diferenças do buque dos vinhos ruins em relação aos bons... esta já é uma primeira análise e acredite, já vai te ajudar muito.

Quando se associa um aroma do vinho a alguma fruta, flor ou ao que seja... uma coisa é obvia, você tem que ter a referência do cheiro comparado e isso varia de lugar para lugar, de país para país...

Por exemplo; um cheiro que pode aparecer nos tintos é o de trufas frescas... alguém já cheirou uma trufa fresca?? Eu já tive esta oportunidade, mas não me lembro de seu cheiro, muito menos consigo associá-lo a um aroma do vinho, já chocolate eu sou um mestre !!! Por outro lado, você poderia identificar em um branco um toque de cupuaçu... já pensou você dizendo isso para um francês?!!

Exitem "perfumes" que são específicos para criar uma identidade olfativa, mas além disso, minha dica é: saia cheirando tudo a sua volta: geleias, frutas, comidas, flores e tudo que você tiver a mão. Crie sua identidade olfativa e comece a brincar com ela.

Dica: para fazer a análise olfativa basta aproximar o nariz ao copo e aspirar suavemente, não dê uma de aspirador de pó, seja delicado, o efeito será potencializado. Taças de boca fechada também ajudam muito e, principalmente, gire o vinho pela taça, pois desta forma, liberam-se os aromas.

Para finalizar, além de se divertir bebendo, a análise olfativa vai, no mínimo, proporcionar uma vantagem extra: a garrafa de vinho vai durar mais !!!

O perfil de Marco Fragni pode ser consultado aqui.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Apenas Uma Foto

 

Fim de ano na serra de Teresópolis.

Muito vinho, muitos (excelentes!!!) queijos do Capril Genéve e ótimos papos.

Particularmente gostei dessa foto - clique para ampliar - tirada com a minha Nikonzinha D70.

O vinho em questão era um syrah chileno, Inspira 2006. Vale Maipu. Muito bom.

A anfitriã ficou apaixonada pelo vinho.

Fato curioso: ela completou a taça com o final da garrafa, deixou-a sobre a mesa respirando enquanto foi tomar banho. Voltou alucinada pelo vinho e quando chegou a empregada tinha jogado fora... Como se fosse coca-cola. Penso que ela está até hoje chorando essa última taça.

Em tempo: Feliz 2009
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