quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Aromas do vinho.

Hoje vou colocar aqui o texto de uma amigo: Marco Fragni sobre a sutileza e importância dos aromas num vinho.



O Prazer de uma Cafungada...

Marco Fragni

Hoje vamos falar da degustação olfativa do vinho. Este tema gera muitas polêmicas e piadas em círculos de amigos, principalmente dos que não gostam de vinho (Skol não tem nenhum atributo olfativo...), porém trata-se de uma análise muito democrática e, acreditem, uma vez iniciados, muito prazerosa.

Então, vamos lá: Os vinhos possuem uma variedade enorme de odores, denominados comumente de buquê, quanto melhor o vinho maior sua complexidade de aromas, logo quanto mais simples (leia-se vagabundo) o vinho, mais difícil será diferenciar algo a não ser o Etanol. Aqui já vem uma primeira observação: mesmo sem ter grande sensibilidade nasal, quem bebe vinhos das mais variadas faixas "qualitativas" (muitas vezes proporcional ao valor de aquisição) e brinca de cheirar o vinho na taça, já consegue perceber as diferenças do buque dos vinhos ruins em relação aos bons... esta já é uma primeira análise e acredite, já vai te ajudar muito.

Quando se associa um aroma do vinho a alguma fruta, flor ou ao que seja... uma coisa é obvia, você tem que ter a referência do cheiro comparado e isso varia de lugar para lugar, de país para país...

Por exemplo; um cheiro que pode aparecer nos tintos é o de trufas frescas... alguém já cheirou uma trufa fresca?? Eu já tive esta oportunidade, mas não me lembro de seu cheiro, muito menos consigo associá-lo a um aroma do vinho, já chocolate eu sou um mestre !!! Por outro lado, você poderia identificar em um branco um toque de cupuaçu... já pensou você dizendo isso para um francês?!!

Exitem "perfumes" que são específicos para criar uma identidade olfativa, mas além disso, minha dica é: saia cheirando tudo a sua volta: geleias, frutas, comidas, flores e tudo que você tiver a mão. Crie sua identidade olfativa e comece a brincar com ela.

Dica: para fazer a análise olfativa basta aproximar o nariz ao copo e aspirar suavemente, não dê uma de aspirador de pó, seja delicado, o efeito será potencializado. Taças de boca fechada também ajudam muito e, principalmente, gire o vinho pela taça, pois desta forma, liberam-se os aromas.

Para finalizar, além de se divertir bebendo, a análise olfativa vai, no mínimo, proporcionar uma vantagem extra: a garrafa de vinho vai durar mais !!!

O perfil de Marco Fragni pode ser consultado aqui.

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