segunda-feira, 9 de julho de 2007

Vinho Acessível – A Proposta.

“Ao provar o vinho, vislumbramos,
na iminência da noite, os nossos sonhos.”

D. H. Lawrence


Vamos aqui tentar definir o que vem a ser um vinho acessível, coisa nem tão simples assim.

Em primeiro lugar vamos excluir o que não é vinho: Não é vinho (apesar do parentesco com alguma uva) todos os vinhos vagabundos, além dos clássicos: Chapinha, São Roque e Sangue de Boi, seguem-se: todos os feitos em São Paulo, os docinhos da Serra Gaúcha, os argentinos baratos (Marques de La Colina é um exemplo eloqüente...) e alguns nacionais pretensiosos. Esses vinhos estão banidos desse site.

Excluídos os indigentes derivados de uva, temos um panorama mais restrito, que eu separo em quatro categorias:

Os Intangíveis: Todos os grandes clássicos franceses com sobrenomes pedantes, como Montrachet, Rotschild, Romanèe Conti e preços escorchantes. Preços que são definidos não de forma proporcional a qualidade, mas normalmente à raridade. esses vinhos são inalcançáveis à maioria dos mortais.

Desses também não falarei por aqui, pois estão absolutamente longe da proposta dos vinhos acessíveis, e deles também “nunca vi nem bebi, só ouço falar”

Excluídos inferno e céu, temos os vinhos realmente acessíveis, os acessíveis e os vinhos para ocasiões especiais.

No primeiro time jogam os vinhos até cinqüenta reais, é onde normalmente podemos encontrar boas surpresas positivas e poucas decepções. Afinal ninguém vai ficar decepcionado com um vinho que custou vinte e poucas merrecas, mas vai ficar maravilhado com boas surpresas positivas, (tive uma grata surpresa com o Pinord Clos Torribas Crianza... papo para outro artigo...). Este é o grupo alvo deste blog. Uma vez por semana abordaremos uma boa surpresa ou evitaremos uma grande roubada, como o Tannat do artigo abaixo.... Veremos aqui mais surpresas que decepções... Assim espero.

Acima dos 50 reais, e abaixo dos 100, temos os vinhos nos quais não aceitamos problemas. O vinho tem que ser – no mínimo – bom. Mas é aqui, entre o caro e acessível, onde temos as maiores decepções. Pois muito vinho vive apenas do nome... Falaremos deles aqui de vez em quando.

Já na casa dos três dígitos, temos os vinhos caros, mas que eventualmente podem ser comprados para uma ocasião realmente especial. Um vinho para guardar na adega esperando uma data que o mereça... Ou uma ocasião ímpar... Vamos falar deles de vez em quando, assim espero.

Moral da história: Vamos focar nos vinhos entre 20 e 50 pratas. Um pouco mais, um pouco menos... Mas vai ser por aí.

Até lá!!

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