Primo pro nummata vini,Nesta quarta peguei um vinho da gaveta de baixo da adega, onde guardo os vinhos mais caros ou raros, para serem abertos apenas em ocasiões especialíssimas. Bem, tive uma notícia excepcional, e resolvi comemorar: Abri um Humberto Canale, “Marcus – Pinot Noir – Gran Reserva – 2005.”
ex hac bibunt libertini;
Carmina Burana
Vinho feito na Patagônia, onde ao que parece as uvas Pinot Noir (adoram frio) se adaptaram muito bem, foi comprado na Winery em Buenos Ayres, por recomendação explícita do sommelier da casa, o atencioso Sr Carlos. Não foi excessivamente caro a época, mas hoje está por 85,00 pesos - cerca de 50 reais - mas como não é muito trivial ir a BsAs, botei na gaveta de baixo.
Como sempre acontece quando me emociono, meu nariz ficou congestionado, o que dificultou um pouco a análise, mas mesmo assim deu pra perceber a riqueza de aromas, que evoluíam muito bem no copo com o tempo. Pede um decantador por, pelo menos, 40 minutos para ficar um pouco mais aberto.
A cor e limpidez absolutamente perfeitos e o sabor digno de um bom Pinot Noir com toda a delicadeza e sutileza, com toque de frutas silvestres – me lembrou um pouco amora – e ao mesmo tempo - contraditoriametne - os taninos são intensos, dando um tom picante, que vai se esvaindo com o tempo. Excelente!
No corpo e densidade na boca, me lembrou muito um Pinot Noir da Bodega Salentein (13 dólares no freeshop de BsAs) que é excelente.
Moral da história: Adorei o vinho e fui buscar na web pra ver se encontrava no Brasil.
Achei na Viavini por 85,00 reais e na Mercosul Vinhos - safra 2002 - por 95 pratas.
Numa opção mais acessível, encontrei na Grand Cru, por 39,00 reais, a versão que passa menos tempo em carvalho – 6 meses contra nove do Gran Reserva – mas por menos da metade do tempo. Talvez valha conferir. Por R$ 44,10 achei um “Humberto Canale Pinot Noir” no Castelo do Vinho, mas no site (muito ruim e inseguro, diga-se) não tinha qualquer informação relevante sobre o vinho. Vou ligar lá pra saber se é o Gran Reserva, quem sabe?
Acessível o Gran Reserva? Nem tanto, mas vale o preço.
Fala, Reinaldo.
ResponderExcluirNão sou conhecedor de vinhos (prefiro as "aguas ardentes"), porem, mesmo assim, adoro beber um vinho ou champanhe de vez enquanto. Vou acompanhar seus posts (certamente com raros comentários), quem sabe com o tempo eu saberei aproveitar melhor os vinhos.
Abracos de Brasilia!