quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Viva Santa Rita!!

"When I get older, losing my hair, many years from now,
Will you still be sending me a Valentine,birthday greetings,
bottle of wine?"
Paul McCartney





Para a felicidade geral de quem é religioso e também de quem – como eu - não é, existem muitas santas no Chile e Argentina dando nomes a bons vinhos.

Dessa vez experimentei os divinos poderes de Santa Rita, num corte mais que perfeito de Cabernet Souvignon, Cabernet Franc e Carménère. O corte dessas uvas, me lembrou um pouco Bordeaux, entretanto não se fazem mais vinhos com esse tipo de corte em Bordeaux... A uva carménère é hoje quase uma exclusividade do Chile, terra em que ela se escondeu durante o período da praga filoxeras que devastou os vinhedos franceses, fazendo crer que ela havia se extinguido.

Ainda assim ficou a impressão de um corte bordalês, bem elegante, mas com a predominância clássica dos Cabernet chilenos, com gosto de fruta madura e o toque de pimentão.

Na boca, o vinho é pleno, tem-se a sensação de boca cheia, excelente retrogosto (foi mal Marlos, mas não dá pra evitar o retrogosto aqui...) e a madeira cumpriu apenas o seu papel de amaciar e estruturar o vinho. Não ficou o insuportável gosto de carvalho, tão comum em alguns vinhos pretensiosos do cone sul (Brasil incluso).

Se tiver que usar duas palavras, seria corpo e equilíbrio.

No nariz o vinho é fraco, e olha que eu testei duas garrafas (em dias difrentes) para dirimir a dúvida olfativa.

Vale cada centavo, mais essa dica da Priscila, comprado na Bergut Castelo (Ex-Expand) por algo em torno de 40 pratas.

Av Erasmo Braga, 299 Lj B (Ao lado do edifício Garagem Menezes Cortes)
Centro – Rio de Janeiro - RJ
21 2220-1887

http://www.bergut.com.br/

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Los Vascos e o Apagão.

No meio do apagão, não tinha muito o que fazer... Com a desculpa do retorno do CR Vasco da Gama à primeira divisão, resolvi brindar ao clube co-irmão abrindo o vinho homônimo “Los Vascos”.

Paguei 24 reais na Cadeg. Vale a grana, mas não é lá muito equilibrado não. Excesso de madeira e um certo gosto adstringente.

Bom de nariz, notas picantes e pimentão maduro.

Não é pra ser bebido puro, deve acompanhar bem uma pizza ou um contra-filé, mas como foi encarado solitariamente, sem carne, queijo ou tapas, não chegou a deixar saudades.

Não é vinho de primeira divisão...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Os Esquilos: Um bom lugar para o vinho...



Outro dia, passeando pela Floresta da Tijuca, parei para almoçar no restaurante Os Esquilos. Ele fica bem no meio do parque, cercado pela fascinante mata atlântica.
Parar lá já é um prazer por si só, pois vislumbrar a paisagem mesclada a arquitetura antiga e rústica do local é muito agradável.

A trilha sonora é outro ponto de prazer profundo, pois a música ambiente, de um modo geral, um cool jazz, que serve de moldura sonora aos cantos de pássaros.

Como se não bastasse o encanto do local em si, a comida é deliciosa. Da última vez, encarei com bastante felicidade, um medalhão ao molho gorgonzola a companhado de batata rosti e arroz de amêndoas.

Infelizmente, não acompanhou nenhum vinho, pois há o medo das famigeradas BOLS "Blitz da Operação Lei Seca" e estava com a minha filhota no carro. Não dava pra arriscar mesmo.

A carta de vinhos leva fortemente em consideração a relação qualidade-preço, tendo vinhos de custo mais competitivos a preços honestos. O Finca La Linda da foto acima - clique para ampliar - que seria a minha opção para o prato, estava por 40 e poucos reais, se não me falha a memória.

O lugar é excelente para se tomar um bom vinho, pois faz frio o ano inteiro, um bom lugar para uma degustação. Vou sugerir ao Luiz, com direito a serviço van até o Metrô.

Fiquei na vontade do vinho... Se tivesse uma meia-garrafa...

Site do restaurante Os Esquilos: http://www.osesquilos.com.br/

Não aceita dinheiro de plástico. Cheque ou dinheiro apenas, mas se você for amigo da casa, vale até a palavra de um cavalheiro.

Assim que souber o custo da rolha, informo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Vinho Para Moqueca?




Como a moqueca é um prato de peixe, a aposta clássica sempre recai nos vinhos brancos, tipicamente das uvas chardonnay ou riesling.

Eu particularmente, já experimentei, com algum sucesso, combinar moquecas com um meio termo; os rosès, pois os temperos, o molho espesso e untuosidade do prato pede um pouco mais que acides simples dos brancos. O rosè de malbec (Doña Paula ou FF) fluiu muito bem.

Mas dessa vez, resolvi apostar numa sugestão da Priscila e fui de Campogrande Orvieto Classico, do Antinori, um dos nomes mais conhecidos da indústria vinícola Italiana. Acompanhou muitíssimo bem uma moqueca de cherne, feita em casa.

Eu já fiz moquecas melhores, mas o vinho, comprado na queima de estoque da Ex-Expand Castelo, foi o campeão na harmonização com moqueca.

Orvieto, amarelo palha, levemente frutado e ácido na medida certa.

Gostei. Pena que não se encontre com facilidade por aí...

ps:// Num outro post, publicarei a minha receita da moqueca de cherne, meio capixaba, meio baiana...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ex-Expand


Semana passada passei na Expand Castelo e pude conferir alguns dos meus rótulos argentinos favoritos expostos com destaque, logo na entrada da loja.

Sabendo dos problemas da rede Expand, o que não é segredo pra ninguém, pois saiu em matéria de capa da revista de domingo de “O Globo” e se buscarmos no Google as palavras “Expand” e “crise” não vai faltar link...

Entrei, comprei um Salenten Pinot Noir 2004 (R$ 89,00), caro para o preço dele no Free Shop de Buenos Aires: U$ 13,00, mas ver um dileto vinho ao alcance das mãos e no caminho da roça, foi irresistível...

Olhei as trocentas novidades na loja e me espantei; os melhores malbecs estavam lá:

* Rutini Malbec e Cabernet 2006 por R$ 87,00
* Trumpeter Malbec 2007 por R$ 59,00
* Finca Flichman Gestos, Shiraz ou Cabernet, 2007 por R$ 57,00

Conversei com a simpática Priscila e ela me contou que a Loja vai deixar de ser Expand. E já está comercializando também os vinhos da Grand Cru.

Gostei muito da novidade!!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Du pain, du vin, du fromage.



Umas das coisas que mais gosto de fazer é me reunir com amigos em uma mesa de queijos, vinhos e pães com azeite extra virgem. À mesa podem estar também alguns frios, como salame, presunto de parma, foi gras, mortadela defumada e o que mais pintar.

Essa é uma grande oportunidade para se conversar por horas a fio, sem se preocupar muito com a vida, pois tudo o que mais precisamos nessa vida está à mesa: Amizade e alimento para o corpo e para o espírito.

Não se preocupe muito com a harmonização, simplesmente combine com os amigos para trazerem bons vinhos e bons queijos. Compre você os pães e o azeite.

Os Pães
Aqui no Centro do Rio tem a Brasserie Rosário (brasserie é uma padaria metida a besta) que produz ótimos pães, e o que é melhor; faz a entrega deles (desculpe-me, tem delivery) aqui pelo centro. Gosto particularmente dos seguintes pães: Integral, australiano, tomate seco e nozes. É só dar uma aquecida no forninho elétrico que ficam novos e crocantes. Mas muito provavelmente você deve ter uma padaria metida a besta perto da sua casa... Procure pelos pães especiais....

O Azeite

Existem azeites maravilhosos por preços decentes, particularmente gosto do italiano Frediani Del Greco mas o EA também é muito bom e o Gallo extra Virgem Colheita Recente não fica devendo nada.

Os Queijos

Uma boa mistura dos seguintes queijos é uma escolha certeira: parmezão, grana padano, camembert, Brie, Roquefort, Gruyère, variados queijos de cabra. Gosto muito dos queijos do Capril Geneve.

Os Vinhos
Cabernet, Merlot, Syrah ou mesmo um Bordeaux legítimo são as escolhas óbvias e certeiras. Mas não se deve descartar um bom Chardonnay, que vai muito bem com diversos tipos de queijos, apesar do senso comum associar queijo com vinho tinto, que é também o que eu prefiro...

Opção Preguiçosa
Se não quiser ter o trabalho de fazer tudo isso em casa, a Expand tem o kit pronto em suas lojas (na loja Castelo o atendimento é ótimo!!), sendo que os vinhos saem aos preços da loja, mais 10% de serviço. A própria Brasserie Rosário tem o serviço na sua loja, que fica um pouco escondida na rua do Rosário 34, perto do Arco dos Teles, mas achei a carta de vinhos limitada e um pouco cara.

Pronto, já temos uma boa desculpa para aproveitar esse friozinho num ócio criativo, como preconizava Bertrand Russel, na companhia dos melhores amigos ou mesmo do grande amor.

Santé.

sábado, 11 de julho de 2009

Festival C'est Si Bon – Forte de Copacabana

Allons enfants de la Patrie, Le jour de gloire est arrivé!


Que tal, nestes belos dias de julho, tomar um bom vinho francês, acompanhado de pão e fois gras, olhando o mar de Copacabana do alto do Posto 6?
Pois começa hoje, 11 de Julho (quando escrevo esse post) e vai até terça-feira dia quando se comemora o aniversário da Revolução Francesa, o festival C'est Si Bon.
O festival é uma deliciosa mistura da melhor gastronomia do mundo com os melhores vinhos e algumas atividades culturais. Vale a pena!! Estarei lá.

PS:// Da última vez que eu fui, os quiosques não tinham taças decentes. Levarei as minhas.

Para maiores detalhes clique aqui.

Aux armes, citoyens!! Formez vos bataillons!! Marchons, marchons!!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Decanter por menos de 30...



...Claro, por este preço não pode ser de cristal, é de vidro, levinho e bonitinho.

Como não se imagina que se vá beber no gargalo do decanter, o fato de ser de vidro, não vai fazer diferença na sua função. Boa compra de custo baixo. Estou até pensando em comprar mais um pra deixar de backup.

Há uma certa controvérsia, sobre quando devemos ou não decantar um vinho.

Alguns enófilos defendem o decantamento de todos os vinhos tintos jovens, com bastante taninos. Eu particularmente, sigo uma regra bem simples: Quando eu bebo um vinho e a última taça é bem melhor que a primeira, este vinho é um candidato óbvio a ser decantado por pelo menos uma hora na adega, entre os 13 e 18°C.

Um vinho que se torna bem mais palatável, depois de decantado, é o Rio Sol Syrah básico.

Vinhos mais elaborados e com aromas fugidios, eu não decanto, sob pena de se perder completamente o bouquet.

O curioso é que se decantava os vinhos antigamente, para remoção da borra que se formava no fundo da garrafa, com o a evolução do processo produtivo em larga escala, hoje em dia quase não temos mais vinho com borra... Mas como se descobriu que muitos vinhos ficam melhores de pois de "respirarem" (tecnicamente: se oxidarem) o decanter caiu no gosto do povo.

Experimente você também.

Em tempo, para comprar o decanter no Pão de Açúcar clique aqui ou vá a alguma loja física.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Clos de Toribas Continua Lindo

Por menos de 30 pratas no Pão de Açúcar.

Acompanhou bem um risoto milanês com um belo contra-filé. Depois da refeição, e sozinho (acompanhando a entrevista do Chanceler Celso Amorin no Roda Viva) também foi bem.

Já falamos dele aqui algumas vezes.

Boa pedida.

sábado, 20 de junho de 2009

Clos de Los Siete


Apenas para se registrar: O Clos de Los Siete, frequenta este blog desde sempre, como umas das melhores compras na relação custo-qualidade.

Trata-se de um vinho argentino produzido por franceses (sete produtores, daí o nome) no estilo de Bordeaux. Ou seja, temos nele a conjunção do melhor dos dois mundos do vinho; Qualidade, preço e volume de produção.

E agora o crítico Robert Parker deu a ele a nota 91, numa escala de 0 a 100. Para se ter uma idéia, o Petrvs 1994, que custa CR$ 9.990,00 no Empório Dinis (Shopping Morumbi – SP), tem a nota 93, do mesmo Robert Parker. Ou seja, Robert Parker referendou o que dizemos aqui há séculos...

:-)

Vai longe esse garoto!!!

Temo os seguintes efeitos: O preço com certeza vai subir, mesmo na Argentina. E talvez eles aumentem o volume de produção para atender a demanda... com isso a qualidade...

Vamos ver.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Degustação - Planejamento Final



Pessoal, como a Expand Castelo fecha as portas às oito da noite, tive que dar uma “apertada” no programa, pra caber em duas horas.

Peço que cheguem cedo, se possível às 18 em ponto.

18:00 ~ 18:20 - Chegada, apresentações e escolha dos vinhos.
18:20 ~ 18:30 - Expand refrigera e cobre as garrafas com papel alumínio.
18:30 - Distribuição das fichas de avaliação e regras básicas de pontuação pelo método Giancarlo Bossi - Usado pela ABS.
18:40: Início do serviço dos Vinhos
19:50: Resultado das notas (escolha do vencedor) e - se estivermos em condições - bebermos uma garrafa do vinho campeão.

Para maiores detalhes sobre o método Giancarlo Bossi clique aqui

Endereço da Expand:
Av. Erasmo Braga, 229 B - Castelo
RIO DE JANEIRO - RJ
Telefone (21) 2220-1887

Na figura o mapinha, clique para ampliar.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Rio Sol: Onde o reserva é melhor que o popular...




Comprei algumas vezes o vinho Rio Sol, vinho nacional barato -~R$ 20,00 - produzido no vale do São Francisco. Já comentei aqui, que se trata de um vinho bastante razoável, pelo preço, entretanto tem que ser, obrigatoriamente decantado por 40~60 minutos.

Com esse histórico, resolvi colocar 10 reais a mais e experimentar o Rio Sol Reserva. Esse aí da foto ao lado (clique para ampliar). Não me dei ao trabalho de pesquisar a diferença no processo produtivo (corte de uvas, envelhecimento, seleção dos cachos, etc, etc...), mas o fato é que o reserva é muito melhor que o Rio Sol simples.
Tomei uma segunda garrafa ontem à noite, para confirmar a boa impressão deixada pela primeira bebida na segunda feira.

ps:// Não precisa decantar, pois não notei diferenças significativas após decantar o de ontem à noite.

Boa pedida, em verde e amarelo, para esse fim de semana de frio que se avizinha. Acompanha muito bem um cobertor de orelha.
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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Frio no Rio de Janeiro


Bateu 18°C na minha janela essa noite... Ôba!!

Logo mais vai rolar um Eugênio Almeida, o famoso EA, da prestigiosa Cartuxa: http://www.cartuxa.pt

Comprei no Mundial por 34 merrecas. Vale.

Nunca mais o encontrei abaixo de 30 pratas... :-(

Ainda não escolhi o prato, estou pensando num risoto.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Participantes Confirmados "Chile vs Argentina"



Lana Ramôa - Moderadora da Comunidade Confraria do Vinho Acessível no Orkut. Mais de 14 mil membros
Fabíola Lami - Entusiasta do vinho, Médica e Psiquiatra.
Antonio Gomes - Arquiteto de Sistemas e enófilo contumaz.
Reinaldo de Medeiros - Eu - Editor do Blog Vinho Acessível

A coordenação ficará por conta da Priscila
Perca a timidez e participe você também...

Dignus é Digno...


O Zona Sul lançou um novo vinho tinto, usando a marca Dignus, também utilizada numa boa e barata linha de taças. Particularmente gosto dessas para Bordaeux.

Esse vinho tinto é produzido em parceria com uma vinícola argentina Valentin Bianchi.

Comprei o Malbec por R$ 19,90, e - pelo preço - se mostrou uma boa relação qualidade/custo. Acompanhou super bem uma das minhas confort foods favoritas: Arroz branco, feijão mulatinho (cheio de carne!!) e picanha.

Bebi - descompromissadamente - enquanto preparava o jantar, durante a ceia e depois, vendo uma pelada de futebol. Se comportou bem nas três etapas; antes durante e depois.

Muito boa pedida para o vinho de mesa do dia-a-dia... Não faria feio também numa recepção mais informal ou num churrasco entre amigos.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Degustação de Vinho em Minas

Esse texto me chegou atribuído ao Veríssimo, se for mesmo, está dado o crédito, se não for, ainda assim vale a leitura...

Dá pra refletir sobre o pedantismo muito comum nesse meio repleto de enochatos...

- Hummm...
- Hummm...
- Eca!!!
- Eca?! Quem falou Eca?
- Fui eu, sô! O senhor num acha que esse vinho tá com um gostim estranho?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de
trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
- Putaqueupariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo ?!
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
- Cêbêsta sô, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é ?
- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e,
então...
- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!
- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...
- Mais num vai introduzi é nada e nunca! Desafasta, coisa ruim!
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...
- O senhor poderia começar com um Beaujolais!
- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado?
- Óia lá, ocê tá brincanu com fogo...
- Ou, então, um suave fresco!
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de metê um tapa na sua cara desavergonhada!
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, memo! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
- E que tal a mão no pédovidu, hein, seu fióte de Belzebu?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!
- Mole e redondo, com bouquet forte?
- Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é trêis! Num corre, não, fiudaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Convite para Degustação: Chile VS Argentina

Amigos desse blog,

No dia 10 de junho às 18:30, vamos fazer uma degustação de Cabernets e Malbecs Chilenos e argentinos. Uma espécie de Chile x Argentina.

No futebol o favoritismo seria dos hermanos, já no campo do vinho... Sei não...

Serão vinhos na faixa de preço de 20 a 60 reais, do catálogo da Expand.

A idéia é fazer uma degustação às cegas, dando pontuação segundo o método da ABS. No final da noite identificamos os vinhos e as pontuações dadas e, se houver disposição, tomamos mais uma garrafa do vencedor...

Quem tiver interesse, pode mandar um e-mail para "rdm arroba infolink ponto com ponto be-erre" ou para "reimedeiros arroba proderj ponto rj ponto gov ponto be-erre".

ps:// A conta será dividida entre os participantes, acredito que fique em menos de R$ 100,00 per capta.

Mais detalhes em breve, aqui nesse espaço.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Vinho e Libido...



Deu na Decanter que, de acordo com um estudo efetuado pelo Santa Maria Nuova Hospital, Florença, uma ou duas taças de vinho aumenta a libido feminina...

O estudo foi realizado com 789 Italianas, com idade entre 18 e 50 anos.

Bem... a minha experiência histórica sempre demonstrou isso empiricamente... Mas, por via das dúvidas, vou aumentar a carga de vinho e chocolate lá em casa... :-)

ps:// A bela foto desse post - clique para ampliá-la - é da Regina Mierzwa, e tem outras neste link.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Bag-in-Box IV – O Fim da Saga.



O Meia Pipa foi plenamente aprovado e durou bem mais de uma semana (claro, um 'Clos de Los Siete' foi aberto nesse ínterin) mantendo suas características originais. Uma ótima relação custo-benefício.

Parti para a minha segunda Bag-in-Box; orientado (??) pelo sommelier de uma loja da Rua da Assembléia, comprei um Dall Pizzol, 'Do Lugar' 5 Litros. Bem, pensei: Se o vinho não for muito ruim dá pra servir no aniversário de um ano da minha filha... Se for bom é lucro.

Resultado: Fiquei profundamente triste pelo fato do vinho não ter acabado durante a festa...

Sogra e cunhado adoraram o vinho, o que só depõe contra ele... Resolvi fazer uma avaliação rigorosa desse Cabernet Franc/Merlot, usando a metodologia de degustação italiana do Giancarlo Bossi, e o resultado foi pífio, caindo na categoria “bebível com algum sofrimento”.

Moral da história: Não é salutar experimentar vinhos no escuro nas embalagens Bag-In-Box.

Fico aqui torcendo, para essa embalagem “pegar” em Mendoza...

quinta-feira, 12 de março de 2009

Bag-in-Box III – 72 horas depois.





"O tempo passa o tempo voa, e o vinho no Bag-In-Box continua numa boa..."


Mas já está acabando... :-(

Mais duas vantagens dessa embalagem:

* A embalagem é ecologicamente correta, por ser mais leve, economiza-se na emissão de carbono nos fretes... Pois vejamos: uma embalagem de 3 litros de Bag-In-Box é 38% mais leve que 4 garrafas de vinho e ocupa 40% menos espaço no processo de empilhamento, tanto durante o frete, quanto em armazenamento...

Além de não se utilizar a cortiça.

Perde pontos em reciclagem, que no vidro é mais fácil, mas compensa em muito no assutador quesito "aquecimento global".

* O outro ponto, e esse me parece definitivo, é que a minha mulher não percebe o quanto eu enchi o pote, pois não vê as garrafas abandonadas na cozinha, sala, quarto, escritório...

terça-feira, 10 de março de 2009

Bag-in-Box II – 24 horas depois.

"o vinho é inocente!!! Só o bêbado é culpado"


24 horas depois e o Meia Pipa "Bag-in-Box" continua muito Bom... Me pareceu inalterado em aroma e frescor... Na boca me pareceu o mesmo também. Logo mais, serão 48 horas...

Uma limitação dessa embalagem, que eu esqueci de citar, é que ela não serve para grandes vinhos de guarda, como os bons vinhos de Bordeaux. O vinho, ao contrário dos destilados por exemplo, continua a envelhecer (na verdade prefiro o termo evoluir) na garrafa. O que não se daria do mesmo jeito numa embalagem à vácuo, hermeticamente lacrada.

Ou seja, é uma opção - a priori - apenas para vinhos mais simples, a serem bebidos com dois ou três anos da safra.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Bag-in-Box – O fim do resto na garrafa.



Depois de algum tempo bebendo vinho, por recomendação médica ou não, nos habituamos a beber todo dia, ao menos uma taça. Então temos o clássico problema da sobra na garrafa. No meu caso, normalmente é a sobra da segunda garrafa... :-)
Essa sobra entra em contato com o oxigênio do ar, e - naturalmente - se oxida. Um ou dois dias depois, esta sobra de vinho não serve sequer para cozinhar, no máximo dá pra servir à sogra.

O que fazer então?

Algumas alternativas:

Usar uma meia-garrafa

Verter a sobra, se for em torno da metade, para uma meia-garrafa (375mL) e arrolhá-la cuidadosamente, deixando pouco ou nenhum ar na garrafinha. Dura uns dois dias.

Contra:
- Dá um trabalho danado, arrumar um funil limpo e manter a meia-garrafa limpa e seca

Usar um wine-keeper.

Trata-se de uma tampa de borracha com uma bombinha, que retira o ar da garrafa, mantendo um certo vácuo dentro dela. Relativamente simples, dura até uns três dias na adega.

Contras:
- Os aromas do vinho vão-se embora.
- Dependendo da qualidade, da tampa, pode soltar restos de borracha dentro da garrafa.

Bag-in-a-box

Ontem, resolvi experimentar um outro método, comprei o vinho “Meia Pipa”, na embalagem bag-in-a-box. Gostei do vinho, é feito pelos mesmos produtores do Quinta da Bacalhôa (excelente vinho!!!), utilizando, para o envelhecimento, as barricas usadas previamente no do Quinta da Bacalhôa. Na boca me fez lembrar o vinho Periquita, pesquisando no Google descobri que o Meia Pipa é um corte da uva Castelão (mais conhecida como Periquita) com Cabernet. Taninos bem presentes, levemente arredondados, um toque de especiarias, principalmente pimenta.

A embalagem:

Contras:
- Não se pode variar muito no vinho do dia-a-dia, pois afinal são três litros de vinho...
- Não se consegue ver a quantidade de vinho que sobrou na embalagem. Poderia pesar e fazer a subtração, considerando 3litros equivalentes a 3 Kg, mas é esforço demais. Só dá apenas pra ter uma ideia.
- Remove muito do prazer de abrir uma garrafa virgem toda noite... Quebra bastante o ritual.

Pontos positivos:
- Coube na adega climatizada (no andar debaixo)
- Dura, pelo que me informei, até 35 dias depois de aberto.
- Funcionou bem a torneirinha.
- Excelente para servir numa festa ou num restaurante, em taças.
- Barato. Enquanto a garrafa de 750mL sai por R$ 49,00 o volume equivalente in-a-box, saiu - com desconto - por 15 merrecas.

Meu veredito:
Vale a pena, para quem é objetivo, bebe vinho toda noite e não se importa em repeti-los. Eu gostei.

A minha recomendação final é experimentar o vinho antes comprar 3 ou mais litros de uma vez. Na Vinhos e Vinhos eu encontrei diversos vinhos nacionais, já nessa embalagem. Me chamaram a atenção o Cabernet e o Merlot Cave do Amadeu. Vou testar.

Enquanto isso fico esperando o lançamento dos meus vinhos favoritos nessa embalagem.

Links Sobre a embalagem:

http://en.wikipedia.org/wiki/Bag-in-box
http://umdiaescrevoumlivro.blogspot.com/2009/03/vinhos-em-bag-in-box.html
http://www.vinhomagazine.com.br/ed63_07.asp

quarta-feira, 4 de março de 2009

Cadeg: Preço, preço, preço




Pessoal, voltei à Cadeg, e lá os preços ainda são os mesmos dos tempos do dólar barato. Indo direto ao ponto, abaixo alguns preços de vinhos que eu anotei.

* AE - Fundação Eugênio Almeida – R$ 29,90
* Redondo – 20,90
* Tyrrels – Shiraz 2004 – R$ 78,90
* Luig Bosca Reserva – Pinot Noir, Cabernet, Malbec – R$ 52,80
* Finca Flichman Roble – 14,90 (No Pão de Açúcar por R$ 25,00...)
* Finca Flichman Caballero de La Cepa – R$ 23,90
* Catena zapata 2003 – R$ 202,50
* Quinta da Bacalhôa 2005 – Cabernet Sauvignon – R$ 81,90
* Finca La Linda (da bodega Luig Bosca) – R$ 28,50

Os preços acima, são para pagamento à vista, na loja Griffe dos Vinhos. Av Central, loja 18, tel:; 21 3526-5694.

Para pagamento no cartão VISA espere um aumento de alguns poucos reais por garrafa na outra filial da loja, descendo a escada rolante, um pouco mais à frente: Art dos Vinhos, tel: 21 2214-2262

O forte do lugar são os vinhos portugueses, mas também há bons argentinos por lá, além de chilenos, brasileiros, franceses... Vale a visita.

Um bom programa - lusitano com certeza - é ir lá num sábado no início da tarde, comprar os vinhos e depois ir comer umas sardinhas portuguesas na brasa no “Recanto das Concertinas”, acompanhadas por vinho verde, ouvindo um grupo folclórico português, tocando as concertinas ao ritmo das terras do Minho... Uma revisita às origens portuguesas.

Depois voltamos aos vinhos verdes...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Espumante do Nascimento - Tyrrell's Wines Pinot Noir 2002

 
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Antes da minha filha nascer, ao saber do meu interesse pelo mundo do vinhos, o obstetra (excelente Dr Carlos Cezar) me desafiou a levar para a maternidade um bom espumante para comemorarmos o nascimento da minha filhota pelo método natural.

Apesar do Brasil brilhar intensamente na produção de espumantes, pensei em comprar uma das mais tradicionais champagnes francesas, a Veuve Clicquot, afinal era o nascimento da minha filhota. Depois refleti um pouco e resolvi ser original, afinal a Veuve Clicquot, não deixa de ser um certo lugar comum de quem tem grana. Resolvi buscar alternativas.

Optei pelo espumante da foto (clique para ampliar!), Tyrrell's Wines. Australiano, do Hunter Valley
, feito pelo método champenoise tradicional. Um Pinot Noir com 10% de Chardonnay. De cara estranhei um Pinot Noir sendo espumante... Me pareceu curioso.

Sei que no meu estado de espírito, após acompanhar, fotografar e filmar o nascimento natural da Gabriela, muito provavelmente acharia qualquer coisa maravilhosa, mas de fato a escolha foi bem acertada.

O espumante lembrou o aroma frutas secas e acompanhou perfeitamente os queijos que eu levei. Pena que foi apenas uma garrafa, acabou muito rápido.

Isso aconteceu há 10 meses e só estou contando agora, porque vi duas garrafas desse espumante em oferta na Lidador do Centro, por algo em torno de cem reais. Vale a pena!!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Estou me Subornando?

 


O "esquema" é o Seguinte:

Eu voltei pra faculdade, para pagar uma dívida comigo mesmo, depois de haver peregrinado por diversos períodos, em diversos cursos, por universidades como UFF, UERJ, UnB, sendo que em algumas delas, por mais de um curso... Somados todos os períodos, dava uma graduação e um mestrado, mas a minha vida de nômade, somada a uma carreira na área tecnológica, onde horário de saída é uma metáfora para madrugada a dentro, sempre foi complicado fazer um curso de qualidade em horário integral numa universidade de ponta. Fazer menos que isso, eu sempre me recusei. Se é pra comprar um diploma, preferiria pagar à vista e não em 48 meses...

Agora estou no curso de Tecnologia da Computação da UFF, ministrado em conjunto pela UFRJ através do consórcio CEDERJ. Semi presencial, aulas em DVD, professores da UFRJ/UFF, provas presenciais. E consideravelmente, difíceis!!!

Pois o suborno é seguinte: no início do período me dou de presente uma garrafa de vinho caro , passando em todas as cadeiras, bebo-o em comemoração.

É uma forma de estímulo, ver a garrafa guardadinha na adega me esperando... Deu certo no primeiro período. :-) E não usei uma garrafa tão cara assim: Foi o Malbec Terrazas Golden Reserva de 2002. Estava maravilhoso, penso que no auge para ser bebido, seis aninhos. Com taninos bem macios. Apesar da uva malbec pedir carne como companhia, ele foi bebido solitariamente. Foi muito bom.

Agora estou escolhendo o que vou beber na formatura... Será, com certeza, um Premier Grand Cru de Bordeaux. Ainda não sei qual dos cinco e nem de que safra, mas quero um que seja pra beber de joelhos... :-)

Contei essa história a uma amiga e ela me disse que não é suborno, eu retruquei dizendo: “- Quando você dá um "presentinho" para alguém fazer uma "obrigação" é, no mínimo, propina....”

Mas que propina boa!!!

Bem, vamos lá, pode até não ser suborno ou propina, mas que eu não passaria num exame antidoping, isso é certo...

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Aromas do vinho.

Hoje vou colocar aqui o texto de uma amigo: Marco Fragni sobre a sutileza e importância dos aromas num vinho.



O Prazer de uma Cafungada...

Marco Fragni

Hoje vamos falar da degustação olfativa do vinho. Este tema gera muitas polêmicas e piadas em círculos de amigos, principalmente dos que não gostam de vinho (Skol não tem nenhum atributo olfativo...), porém trata-se de uma análise muito democrática e, acreditem, uma vez iniciados, muito prazerosa.

Então, vamos lá: Os vinhos possuem uma variedade enorme de odores, denominados comumente de buquê, quanto melhor o vinho maior sua complexidade de aromas, logo quanto mais simples (leia-se vagabundo) o vinho, mais difícil será diferenciar algo a não ser o Etanol. Aqui já vem uma primeira observação: mesmo sem ter grande sensibilidade nasal, quem bebe vinhos das mais variadas faixas "qualitativas" (muitas vezes proporcional ao valor de aquisição) e brinca de cheirar o vinho na taça, já consegue perceber as diferenças do buque dos vinhos ruins em relação aos bons... esta já é uma primeira análise e acredite, já vai te ajudar muito.

Quando se associa um aroma do vinho a alguma fruta, flor ou ao que seja... uma coisa é obvia, você tem que ter a referência do cheiro comparado e isso varia de lugar para lugar, de país para país...

Por exemplo; um cheiro que pode aparecer nos tintos é o de trufas frescas... alguém já cheirou uma trufa fresca?? Eu já tive esta oportunidade, mas não me lembro de seu cheiro, muito menos consigo associá-lo a um aroma do vinho, já chocolate eu sou um mestre !!! Por outro lado, você poderia identificar em um branco um toque de cupuaçu... já pensou você dizendo isso para um francês?!!

Exitem "perfumes" que são específicos para criar uma identidade olfativa, mas além disso, minha dica é: saia cheirando tudo a sua volta: geleias, frutas, comidas, flores e tudo que você tiver a mão. Crie sua identidade olfativa e comece a brincar com ela.

Dica: para fazer a análise olfativa basta aproximar o nariz ao copo e aspirar suavemente, não dê uma de aspirador de pó, seja delicado, o efeito será potencializado. Taças de boca fechada também ajudam muito e, principalmente, gire o vinho pela taça, pois desta forma, liberam-se os aromas.

Para finalizar, além de se divertir bebendo, a análise olfativa vai, no mínimo, proporcionar uma vantagem extra: a garrafa de vinho vai durar mais !!!

O perfil de Marco Fragni pode ser consultado aqui.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Apenas Uma Foto

 

Fim de ano na serra de Teresópolis.

Muito vinho, muitos (excelentes!!!) queijos do Capril Genéve e ótimos papos.

Particularmente gostei dessa foto - clique para ampliar - tirada com a minha Nikonzinha D70.

O vinho em questão era um syrah chileno, Inspira 2006. Vale Maipu. Muito bom.

A anfitriã ficou apaixonada pelo vinho.

Fato curioso: ela completou a taça com o final da garrafa, deixou-a sobre a mesa respirando enquanto foi tomar banho. Voltou alucinada pelo vinho e quando chegou a empregada tinha jogado fora... Como se fosse coca-cola. Penso que ela está até hoje chorando essa última taça.

Em tempo: Feliz 2009
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